Mesmo com a queda de 6,1% nas vendas do comércio em março deste ano, varejistas apostam em alta de 2% no Dia das Mães. De acordo com Termômetro de Vendas divulgado ontem pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas (CDLRio), este é o pior resultado desde março de 2006 quando a queda chegou a 10,6%.
O presidente da CDLRio, Aldo Gonçalves adverte que os números da pesquisa, que ouviu cerca de 500 estabelecimentos varejistas, refletem a crise econômica que vem afetando a atividade produtiva. Segundo ele, com a proximidade do Dia das Mães, a segunda melhor do varejo, superada apenas pelo Natal, os números devem apresentar alta de 2%.
De acordo com a CDLRio, a baixa estimativa de crescimento reflete o fraco movimento comercial dos últimos três meses e o cenário econômico atual, com desemprego alto, inflação e juros altos, que fizeram o consumidor perder o poder de compra. “Não podemos esquecer que no ano passado todas as datas comemorativas tiveram resultados negativos”, explica Aldo.
Os lojistas estimam que o preço médio dos presentes deve ficar em cerca de R$ 90,00 e que os clientes deverão utilizar o cartão de crédito parcelado como forma de pagamento, seguido de cartão de loja, cheque parcelado, a prazo (crediário), dinheiro e cartão de débito. De acordo com a pesquisa, os lojistas acreditam que vestuário, calçados, bolsas e acessórios, joias e bijuterias, perfumes, produtos de beleza, celulares e eletroeletrônicos devem ser os presentes mais vendidos.
A aposta em ações para atrair consumidores também está sendo adotada pelos shoppings. “No Dia das Mães buscamos aumentar o número de prêmios e assim proporcionar aos clientes mais chances de serem contemplados na promoção. Estamos confiantes do sucesso dessa iniciativa, esperamos atrair um público 15% maior este ano”, diz o superintendente do shopping, Marcio Araujo.
Segundo a pesquisa, a queda de 6,1% em março reflete resultados negativos em todos os setores do ramo mole (bens não duráveis) e do ramo duro (bens duráveis): confecções caíram 4,1%; tecidos (-7,7%); calçados (-7,3%); óticas (-12,3%); móveis (-7,9%); jóias (-6,9%); e eletrodomésticos (-6,5%).
Fonte: O Dia