José Alves Teixeira
Patrono do escritório Cleverson Marinho Teixeira Advogados Associados
Naturalidade: Curitiba/PR
Data de nascimento: Dia 30 de junho de 1919
Filiação: José Marques Teixeira e Theolinda Alves Teixeira
Esposa: Arsênia de Oliveira Marinho Teixeira
Casou-se em dezembro de 1938; sendo ela de família de Paranaguá, o casamento foi celebrado na Igreja de Nossa Senhora do Rocio. Pai, avô e bisavô amoroso. Perdeu sua querida esposa em 7 de dezembro de 1993. Faleceu no dia 09 de agosto de 1996. Teve dois filhos: Cleverson Marinho Teixeira, casado com Berenice de Souza Teixeira, e Cléa Teixeira Demeterco, casada com Roberto Demeterco.
Colégio/Humanidades
Colégio Santa Maria, em Curitiba. Seus estudos básicos em colégio marista, lhe valeu um formação humana e religiosa muito profunda, que marcou toda a sua vida.
Formação superior
Formado Bacharel em Direito, no dia 23 de Novembro de 1947, exerceu a advocacia intensamente, com excelente conceito entre seus colegas e perante a comunidade curitibana. Em 1980, quando então Secretário da Justiça do estado o doutor Túlio Vargas e Governador Ney Braga, foi nomeado e empossado no cargo de Conselheiro do Conselho Penitenciário do Paraná, dele tendo participado por muitos anos.
Histórico
É o próprio emérito historiador Túlio Vargas que nos ofereceu em sua coluna “Porta Retrato”, publicada na Gazeta do Povo do dia 04 de janeiro de 1992, um fiel e autêntico retrato da vida do doutor TEIXEIRA, como era mais conhecido. Em suas próprias palavras, o doutor Túlio nos conta a vida do nosso homenageado:
“PORTA RETRATO”
Nunca lhe faltou aquele desprendimento que os filósofos classificam de “sentido de missão”.
JOSÉ ALVES TEIXEIRA
Ele se iniciou profissionalmente no jornalismo como repórter policial no “Correio do Estado”, de propriedade do saudoso Heitor Gurgel do Amaral Valente. Mais tarde ingressou no quadro de locutores da PRB-2 Rádio Clube, ao tempo do pioneiro Jacinto Cunha, a exemplo de outros da sua época que fizeram dos meios de comunicação porta aberta para vôos mais arrojados no mercado de trabalho. Paralelamente, corretor de seguros da Sul América, complementava o salário que lhe garantia a subsistência. Em 1943 submeteu-se ao vestibular da Faculdade de Direito. Aprovado, além da aplicação nos estudos, sedimentou importante liderança na política universitária, elegendo-se presidente do Centro Acadêmico Hugo Simas e da União Paranaense dos Estudantes, em cuja gestão testemunhou o processo de federalização da universidade, participando dos atos constitutivos dessa inesquecível conquista. Obteve, em seguida, a concessão de área para a construção da Casa do Estudante.
Passou a trabalhar no escritório do professor Manoel Vieira de Alencar, seu mestre de Direito Civil. Formado em 1947, atraído pela política ingressou no Partido Trabalhista Brasileiro, sob o comando de Abilon de Souza Naves, dileto amigo, que o investiu no cargo de diretor do Departamento do Trabalho, Indústria e Comércio, quando titular daquela pasta. Empossado, mais tarde, na presidência do Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Servidores Públicos Civis Militares do Estado, transformado no primeiro governo de Ney Braga em Instituto de Previdência (IPE). Submetido a concurso público e classificado em segundo lugar à carreira de advogado do estado, prestou serviços na Prisão Provisória do Ahu e na Procuradoria do Departamento de Estradas de Rodagem em funções de chefia. Em 1980 foi nomeado para o Conselho penitenciário do Estado, onde se encontra atualmente, atento à s questões de política prisional.
Preside a Comissão de Fiscalização dos Presídios e representa o órgão junto ao centro de triagem da Secretaria de Estado da Justiça. Aposentado desde 1986, nunca ensarrilhou as armas na prestação de serviços assinalados, sempre com agudo senso da responsabilidade e devoção à causa pública. Deixou marcas de competência profissional em várias entidades classistas, entre as quais a Federação das Industrias, do Comércio, Associação Comercial, entre outras, em permanente assessoramento jurídico. Ocupou o cargo de orador do Instituto dos Advogados Criminalistas, do qual foi presidente o involvível tribuno forense Mário Jorge. Tornou-se também diretor de vários clubes sociais, aos quais serviu desinteressadamente.
Inclinado ao magistério, lecionou Direito Trabalhista na Faculdade de Direito de Curitiba, quando era diretor o desembargador Francisco Cunha Pereira, substituindo, algumas vezes, o professor João de Souza Ferreira na cadeira de Economia Política.
Esportista de escol, até ao fanatismo saudável, coxa-branca impenitente, debutou nos quadros do Coritiba F.C. em 1937 pelas mãos do major Antônio Couto Pereira. Integrou a diretoria da agremiação em vários mandatos e representou o clube junto à Federação Paranaense de Futebol. Eleito juiz do Tribunal de Justiça Desportiva da entidade, desempenhou as funções judicantes com notória imparcialidade.
Nesse ritmo de polivalência, com atividades simultâneas, ele construiu elevado conceito pessoal, não somente pelas ações comunitárias que desenvolveu, mas, sobretudo, pela delicadeza de espirito e lhaneza de comportamento que compõem seu perfil singular.
Tanto no serviço público, quanto na área privada, nunca lhe faltou desprendimento que os filósofos classificam de “sentido de missão”. Seus gestos de doação são próprios de criaturas que dispõem de luz própria e irradiam calor humano. Dos servidores públicos mais antigos, ainda em pleno labor, ele pode ser citado como exemplo de amor ao trabalho. ” (Túlio Vargas).